sábado, 28 de maio de 2016

Pais enfrentam desafio para montar lanche escolar saudável para os filhos

Alimentação preparada na escola, seja na lanchonete ou para as crianças em tempo integral, também devem passar pela orientação da nutricionista


Por Redação
Qualidade e praticidade são duas características que dificilmente andam juntas. Elas se tornam uma dor de cabeça ainda maior para os pais quando são relacionadas a alimentação das crianças. Atualmente, oferecer opções saudáveis na vida alimentar dos pequenos se tornou uma queda de braço com a indústria de alimentos infantis, cada vez mais colorida e cheia de brindes. Mas especialistas garantem que, com criatividade e orientação, a saúde pode vencer essa batalha.
Crianças de escola em Natal têm alimentação balanceada (Foto: Divulgação)
Crianças de escola em Natal têm alimentação balanceada (Foto: Divulgação)
Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma dieta saudável passa por cinco pontos: amamentar o bebê durante os seis primeiros meses de vida, comer alimentos variados, ingerir muitos vegetais e frutas, moderar na quantidade de gorduras e óleos e evitar sal e açúcar.
Mas, para que tais hábitos não se transformem em uma tortura, eles devem ser inseridos desde a primeira infância – incluindo refeições em casa, em restaurantes e na escola.
“O lanche escolar é uma refeição intermediária e tem uma característica importante: fornecer em torno de 10 a 15% das necessidades nutricionais da criança. Os pais devem ficar atentos quanto a qualidade e a quantidade para que esta refeição complemente as refeições principais”, explica a nutricionista Izabelle Oliveira.
Com mais de duas décadas de trabalho em nutrição infantil, Izabelle explica que o ideal é que a lancheira tenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia; uma porção de lácteos, que tem proteínas; uma porção de frutas ou legumes, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e uma bebida, para hidratação. Os cuidados com a variedade de alimentos, favorecem a criança  a ter hábitos alimentares mais saudáveis e também promovem uma melhor oferta de nutrientes”, registra a especialista.
Segundo Izabelle, a alimentação preparada na escola, seja na lanchonete ou para as crianças em tempo integral, também devem passar pela orientação da nutricionista, “que inclui nos cardápios: preparações com teores reduzidos de açúcar, gordura e sal, receitas enriquecidas com vitaminas , minerais e fibras,  além de contar com a seleção de produtos orgânicos”. “Há muitos anos, na escola em que trabalho não vendemos frituras, refrigerantes ou guloseimas”, relata.
Auxílio
Para ajudar os pais a oferecer às crianças uma alimentação saudável, a nutricionista da Escola Lápis de Cor, em Natal, desenvolveu a Campanha Lanche Saudável.  “Diariamente, no momento do lanche, a professora observa o que as crianças trazem para a sala de aula, a professora diz se é saudável ou não, explicando o por quê. Se houver alguma criança que frequentemente não traz lanche saudável, eu chamo os pais para uma orientação sobre a importância de mudar/controlar a alimentação do filho”, explica a nutricionista.
“Durante as minhas visitas nas salas de aula, vejo o entusiasmo das crianças em mostrar que trouxeram frutas e outros alimentos saudáveis. Neste momento elas aproveitam para tirar dúvidas sobre alimentação saudável. Além disso, a escola mantém um programa permanente de alimentação onde as crianças estudam sobre vários assuntos referentes à alimentação saudável. Possibilitando ao aluno conhecer e exercitar sobre a alimentação, incluindo até aulas na cozinha experimental”, conta Izabelle.
Os pais também devem ficar atentos as compensações. A nutricionista explica que o erro mais comum em relação aos lanches é achar que se a criança não come bem nas refeições principais devem fazer um lanche reforçado. “Essa prática reforça a continuidade deste hábito pouco saudável. O almoço e o jantar são refeições que necessitam de um aporte nutricional maior, e os lanches não devem ter grandes volumes”, registra a nutricionista.
Para quem está começando a mudar os hábitos alimentares, a dica da nutricionista é manter a proposta, procurar uma orientação nutricional e não desistir diante de alguns dias falhos. Já para os que não conseguem abandonar o lanche não saudável, a dica é negociar. “Seu filho quer levar algo não muito nutritivo? Eventualmente, isso não é um problema. Negocie com ele um dia da semana para este lanche e, nos outros dias, procurar inserir os alimentos mais saudáveis”, exemplifica.

referência:http://portalnoar.com/pais-enfrentam-desafio-para-montar-lanche-escolar-saudavel-para-os-filhos/

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