quinta-feira, 29 de agosto de 2019



A consciência fonológica no TEA


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição cujo indivíduo deve superar diversas barreiras. Esses desafios surgem ainda na primeira infância, principalmente quando esses pequenos estão na escola. As crianças precisam aprender a se socializar, a ler e a escrever ao longo de sua jornada. Para a leitura e a escrita, torna-se necessário que o aluno seja alfabetizado.
Vale lembrar que antes da alfabetização é importante passar pela etapa do conhecimento dos sons pertencentes à nossa língua. Lembrando que o enfoque aqui são os alunos que convivem com o autismo.
Sendo assim, a consciência fonológica no TEA necessita de todo um conjunto de estratégias que visem a colaborar com o desenvolvimento de tal habilidade nessas crianças. Para isso, educadores/pedagogos e psicopedagogos são indispensáveis em tal missão. Vocês se lembram o que é a consciência fonológica?

O que ela significa?

Consciência fonológica pode ser considerada como a habilidade que todos nós temos para manipular os sons existentes em nosso idioma. Em outras palavras, podemos dizer que é a capacidade de percebermos quando uma palavra pode começar ou terminar com o mesmo som. Além disso, esse conhecimento nos permite saber quando também existem termos grandes e pequenos; e que há frases e uma segmentação em tais orações.

Consciência fonológica e o autismo

As pessoas geralmente não conseguem conceber a relação positiva entre um e outro, mas é bastante possível que uma criança seja alfabetizada por meio das metodologias que estão incluídas nesse processo. A consciência fonológica no TEA ocorre por meio de uma preparação muito bem elaborada por profissionais capacitados.
No caso do TEA, os professores trabalham com o enfoque totalmente voltado às necessidades trazidas pelos alunos. Isso significa que se o estudante apresentar um autismo leve, os educadores vão direcionar suas técnicas aos elementos que podem impulsionar o seu desenvolvimento.
Interessante salientar que um elemento crucial para a consciência fonológica é o aprendizado das sílabas. Elas representam uma etapa inicial de todo esse processo de consciência fonológica. Vejamos no exemplo abaixo:
– O educador escolhe uma categoria de palavras e passa a trabalhar com as crianças. Vamos supor que esse grupo seja referente a animais. O professor pergunta a elas que bicho é esse. Os pequenos, então, responderão falando de maneira silábica: ‘ga-to’, ‘ba-lei-a’, ‘a-ra-ra’, ‘sa-po’ e por aí vai.
Um lembrete importante (utilizado em artigos anteriores): da esquerda para a direita a fim de trabalhar a direcionalidade de escrita. A partir desse exercício, a criança vai lendo e falando os pedacinhos das sílabas até fixar as palavras que acabara de pronunciar.

Consciência fonológica no TEA e a alfabetização

A consciência fonológica vem antes de qualquer método de alfabetização. Esse aspecto é de extrema relevância, pois muitas pessoas pensam que para a criança atingir o aprendizado da leitura e a escrita, basta apenas ensinar as letras soltas (A, B, C…).
No entanto, o som da letra nem sempre deve ser vista como a garantia de aprendizado. Os pequenos podem apresentar grandes dificuldades, por exemplo: elas tendem a mostrar problemas na hora de juntar as letras. Há alguns casos cujos pais ou professores pensam que fornecendo as letras, as crianças já aprendem a ler e a escrever sozinhas. Entretanto, a situação não é bem assim, pois a letra é apenas um dos aspectos que a criança aprende.

A escolha da escola no desenvolvimento da criança

É sempre válido ressaltar que a escola desempenha um papel fundamental durante esse processo. A escolha da instituição vai refletir de maneira considerável no desenvolvimento de seu filho/filha, com profissionais engajados no trabalho de proporcionar o conhecimento do pequeno por meio de técnicas eficazes.  Além disso, é imprescindível manter contato com o médico responsável a fim de que ele possa avaliar a situação em que se encontra a criança.

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