
sexta-feira, 15 de julho de 2016
A importância das férias para a aprendizagem
Por: Joanne Lamb Maluf
Atualmente as crianças têm tido uma vida bastante atribulada, repleta de horários e compromissos: a escola, os esportes, os cursos extras (inglês, informática, artes), médicos, enfim, a agenda da criançada mais se parece com a de um profissional bastante ocupado.
Sem tempo para viver a infância e brincar, sofrendo pressões para as quais ainda não está preparada, a criança acaba estressada, correndo o risco de adoecer. Há menos espaço para a leitura, para o sonho, para a música, para o teatro, para a arte e para, simplesmente, brincar e fantasiar. A brincadeira ajuda a desenvolver a noção espacial e corporal, a capacidade de solucionar problemas, a criatividade, a imaginação, a autonomia entre tantas outras habilidades essenciais para um desenvolvimento cognitivo saudável.
Ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender:
Sem tempo para viver a infância e brincar, sofrendo pressões para as quais ainda não está preparada, a criança acaba estressada, correndo o risco de adoecer. Há menos espaço para a leitura, para o sonho, para a música, para o teatro, para a arte e para, simplesmente, brincar e fantasiar. A brincadeira ajuda a desenvolver a noção espacial e corporal, a capacidade de solucionar problemas, a criatividade, a imaginação, a autonomia entre tantas outras habilidades essenciais para um desenvolvimento cognitivo saudável.
Ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender:
· Como ela vê e constrói o mundo;
· Como ela gostaria que fosse a sua realidade;
· Suas limitações e dificuldades na brincadeira com o outro;
· O que a preocupa e os problemas que a cercam.
· Como ela gostaria que fosse a sua realidade;
· Suas limitações e dificuldades na brincadeira com o outro;
· O que a preocupa e os problemas que a cercam.
É preciso que as famílias e as escolas preservem o espaço da brincadeira, tão importante para o desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Durante as férias esse espaço pode ser proporcionado desde que os pais estejam atentos aos programas realizados pelos filhos. A função dos pais não é a de escolher os programas, porém, orientar e mediar às atividades. Não é recomendável que as crianças passem muitas horas na LAN HOUSE e nem que esta atividade vire rotina durante as férias.
Algumas brincadeiras e atividades estimulam o cérebro das crianças e ajudam no desenvolvimento delas, tais como, atividades com movimento que auxiliam na oxigenação do cérebro e movimentar-se é muito importante não só para o funcionamento corporal, cerebral e emocional, mas também para facilitar o aprendizado. Com o movimento e a brincadeira a criança faz representações mentais e essas, são fundamentais para a organização do raciocínio e a construção do conhecimento. Boas Férias!!!
Algumas brincadeiras e atividades estimulam o cérebro das crianças e ajudam no desenvolvimento delas, tais como, atividades com movimento que auxiliam na oxigenação do cérebro e movimentar-se é muito importante não só para o funcionamento corporal, cerebral e emocional, mas também para facilitar o aprendizado. Com o movimento e a brincadeira a criança faz representações mentais e essas, são fundamentais para a organização do raciocínio e a construção do conhecimento. Boas Férias!!!
REFERÊNCIA:http://meuartigo.brasilescola.uol.com.br/educacao/a-importancia-das-ferias-para-aprendizagem.htm
Por: Joanne Lamb Maluf
Atualmente as crianças têm tido uma vida bastante atribulada, repleta de horários e compromissos: a escola, os esportes, os cursos extras (inglês, informática, artes), médicos, enfim, a agenda da criançada mais se parece com a de um profissional bastante ocupado.
Sem tempo para viver a infância e brincar, sofrendo pressões para as quais ainda não está preparada, a criança acaba estressada, correndo o risco de adoecer. Há menos espaço para a leitura, para o sonho, para a música, para o teatro, para a arte e para, simplesmente, brincar e fantasiar. A brincadeira ajuda a desenvolver a noção espacial e corporal, a capacidade de solucionar problemas, a criatividade, a imaginação, a autonomia entre tantas outras habilidades essenciais para um desenvolvimento cognitivo saudável.
Ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender:
Sem tempo para viver a infância e brincar, sofrendo pressões para as quais ainda não está preparada, a criança acaba estressada, correndo o risco de adoecer. Há menos espaço para a leitura, para o sonho, para a música, para o teatro, para a arte e para, simplesmente, brincar e fantasiar. A brincadeira ajuda a desenvolver a noção espacial e corporal, a capacidade de solucionar problemas, a criatividade, a imaginação, a autonomia entre tantas outras habilidades essenciais para um desenvolvimento cognitivo saudável.
Ao observar uma criança brincando, o adulto pode compreender:
· Como ela vê e constrói o mundo;
· Como ela gostaria que fosse a sua realidade;
· Suas limitações e dificuldades na brincadeira com o outro;
· O que a preocupa e os problemas que a cercam.
· Como ela gostaria que fosse a sua realidade;
· Suas limitações e dificuldades na brincadeira com o outro;
· O que a preocupa e os problemas que a cercam.
É preciso que as famílias e as escolas preservem o espaço da brincadeira, tão importante para o desenvolvimento social e cognitivo das crianças. Durante as férias esse espaço pode ser proporcionado desde que os pais estejam atentos aos programas realizados pelos filhos. A função dos pais não é a de escolher os programas, porém, orientar e mediar às atividades. Não é recomendável que as crianças passem muitas horas na LAN HOUSE e nem que esta atividade vire rotina durante as férias.
Algumas brincadeiras e atividades estimulam o cérebro das crianças e ajudam no desenvolvimento delas, tais como, atividades com movimento que auxiliam na oxigenação do cérebro e movimentar-se é muito importante não só para o funcionamento corporal, cerebral e emocional, mas também para facilitar o aprendizado. Com o movimento e a brincadeira a criança faz representações mentais e essas, são fundamentais para a organização do raciocínio e a construção do conhecimento. Boas Férias!!!
Algumas brincadeiras e atividades estimulam o cérebro das crianças e ajudam no desenvolvimento delas, tais como, atividades com movimento que auxiliam na oxigenação do cérebro e movimentar-se é muito importante não só para o funcionamento corporal, cerebral e emocional, mas também para facilitar o aprendizado. Com o movimento e a brincadeira a criança faz representações mentais e essas, são fundamentais para a organização do raciocínio e a construção do conhecimento. Boas Férias!!!
sábado, 28 de maio de 2016
Pais enfrentam desafio para montar lanche escolar saudável para os filhos
Alimentação preparada na escola, seja na lanchonete ou para as crianças em tempo integral, também devem passar pela orientação da nutricionista
Por Redação
Qualidade e praticidade são duas características que dificilmente andam juntas. Elas se tornam uma dor de cabeça ainda maior para os pais quando são relacionadas a alimentação das crianças. Atualmente, oferecer opções saudáveis na vida alimentar dos pequenos se tornou uma queda de braço com a indústria de alimentos infantis, cada vez mais colorida e cheia de brindes. Mas especialistas garantem que, com criatividade e orientação, a saúde pode vencer essa batalha.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), uma dieta saudável passa por cinco pontos: amamentar o bebê durante os seis primeiros meses de vida, comer alimentos variados, ingerir muitos vegetais e frutas, moderar na quantidade de gorduras e óleos e evitar sal e açúcar.
Mas, para que tais hábitos não se transformem em uma tortura, eles devem ser inseridos desde a primeira infância – incluindo refeições em casa, em restaurantes e na escola.
“O lanche escolar é uma refeição intermediária e tem uma característica importante: fornecer em torno de 10 a 15% das necessidades nutricionais da criança. Os pais devem ficar atentos quanto a qualidade e a quantidade para que esta refeição complemente as refeições principais”, explica a nutricionista Izabelle Oliveira.
Com mais de duas décadas de trabalho em nutrição infantil, Izabelle explica que o ideal é que a lancheira tenha uma porção de carboidratos, para fornecer energia; uma porção de lácteos, que tem proteínas; uma porção de frutas ou legumes, responsáveis pelas vitaminas, fibras e minerais; e uma bebida, para hidratação. Os cuidados com a variedade de alimentos, favorecem a criança a ter hábitos alimentares mais saudáveis e também promovem uma melhor oferta de nutrientes”, registra a especialista.
Segundo Izabelle, a alimentação preparada na escola, seja na lanchonete ou para as crianças em tempo integral, também devem passar pela orientação da nutricionista, “que inclui nos cardápios: preparações com teores reduzidos de açúcar, gordura e sal, receitas enriquecidas com vitaminas , minerais e fibras, além de contar com a seleção de produtos orgânicos”. “Há muitos anos, na escola em que trabalho não vendemos frituras, refrigerantes ou guloseimas”, relata.
Auxílio
Para ajudar os pais a oferecer às crianças uma alimentação saudável, a nutricionista da Escola Lápis de Cor, em Natal, desenvolveu a Campanha Lanche Saudável. “Diariamente, no momento do lanche, a professora observa o que as crianças trazem para a sala de aula, a professora diz se é saudável ou não, explicando o por quê. Se houver alguma criança que frequentemente não traz lanche saudável, eu chamo os pais para uma orientação sobre a importância de mudar/controlar a alimentação do filho”, explica a nutricionista.
“Durante as minhas visitas nas salas de aula, vejo o entusiasmo das crianças em mostrar que trouxeram frutas e outros alimentos saudáveis. Neste momento elas aproveitam para tirar dúvidas sobre alimentação saudável. Além disso, a escola mantém um programa permanente de alimentação onde as crianças estudam sobre vários assuntos referentes à alimentação saudável. Possibilitando ao aluno conhecer e exercitar sobre a alimentação, incluindo até aulas na cozinha experimental”, conta Izabelle.
Os pais também devem ficar atentos as compensações. A nutricionista explica que o erro mais comum em relação aos lanches é achar que se a criança não come bem nas refeições principais devem fazer um lanche reforçado. “Essa prática reforça a continuidade deste hábito pouco saudável. O almoço e o jantar são refeições que necessitam de um aporte nutricional maior, e os lanches não devem ter grandes volumes”, registra a nutricionista.
Para quem está começando a mudar os hábitos alimentares, a dica da nutricionista é manter a proposta, procurar uma orientação nutricional e não desistir diante de alguns dias falhos. Já para os que não conseguem abandonar o lanche não saudável, a dica é negociar. “Seu filho quer levar algo não muito nutritivo? Eventualmente, isso não é um problema. Negocie com ele um dia da semana para este lanche e, nos outros dias, procurar inserir os alimentos mais saudáveis”, exemplifica.
referência:http://portalnoar.com/pais-enfrentam-desafio-para-montar-lanche-escolar-saudavel-para-os-filhos/
por Nutricionista Cristiane Mara Cedra - CRN3 19470
O lanche escolar saudável é uma grande dificuldade na alimentação infantil. É difícil para a mãe unir praticidade com qualidade e é difícil a criança aceitar o que a mãe escolheu. Muitas vezes o prático não é o mais saudável, mas são o que as crianças mais adoram. E esses alimentos passam a ser consumidos com mais frequência. Hoje nós encontramos um grande crescimento da obesidade infantil. E com certeza a alimentação escolar influência muitos nisso.
Mas tudo tem um jeitinho. Existe um meio termo para essa dificuldade. Seguem algumas dicas que irá ajudar:
- negociar um dia na semana para a criança escolher o que preferir levar de lanche. De preferência no meio da semana para ficar distante do final de semana que já entram alguns abusos na alimentação;
- evitar monotomia de opções. Procure variar o máximo possível as opções de lanches e as cores para a criança sentir prazer e desejar comer;
- cuidado com lanches que vão queijos, frios, requeijão ou mesmo evitar levar iogurtes ou produtos que necessitam de refrigeração. São alimentos fáceis de estragar e dificilmente as escolas tem um refrigerador para armazenar o lanche;
- sempre coloque uma fruta na lancheira. Mas deixe com que a criança participe da escolha de qual fruta ela quer levar no dia. Se ela não quiser nenhuma, escolha frutas que não estragam com facilidade e envie junto na lancheira. Se a criança não comer na escola, ela comerá em uma outra oportunidade;
- Sempre pergunte dos lanchinhos dos colegas. Assim ficará mais fácil identificar quando o seu filho comeu algo do amigo. As trocas de lanches escolares são comuns, mas para crianças com obesidade isso pode agravar mais o ganho de peso;
- Além da fruta é necessário levar uma opção de carboidrato que são responsáveis pela energia. Coloque na lancheira pães integrais, bisnaquinha integral, wrap (novidade no Brasil,mas as crianças adoram), barras de cereais, biscoitos integrais.
- as geléias de frutas e polenguinho são boas opções de passar no pão por não precisarem de refrigeração;
- quando for biscoitos ou bolachas não deve colocar na lancheira o pacote inteiro. Sempre separa as porções de 4 a 5 biscoitos para não correr o risco da criança passar da quantidade adequada;
- orientar a criança quando ela for consumir salgados da cantina, escolher os assados e evitar as massas folhadas. O pão de queijo, enroladinho, esfiha e torta são boas opções.
- sempre coloque uma garafinha de água na mochila. As crianças esquecem de beber água. Avise a professora para lembrar o seu filho de tomar a água.
- os achocolatados possuem muita gordura e açúcar. Evite colocá-los todos os dias na lancheira
A seguir algumas sugestões de combinações, mas lembrem-se que cada criança tem uma necessidade energética diferente e em alguns casos patologias específicas que necessitam de alimentos difirentes. Sempre consulte um profissional Nutricionista para saber a melhor opção no caso do seu filho.
Sugestões
Opção 1: 3 bisnaguinhas integrais com geléia de morango, 1 caixinha de achocolatado e 1 maça.
Opção 2: 5 cookies integrais, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 banana.
Opção 3: 3 torradas integrais com geléia de uva, 1 caixinha de achocolatado e 1 pêra.
Opção 4: 1 barra de cereais, 1 caixinha de suco de soja com sabor de fruta e 1 goiaba.
Opção 5: 1 lanche de pão integral com queijo precessado que não precisa de refrigeração e suco de fruta de caixinha.
Dica: Existem marcas interessantes de produtos naturais. Dê uma olhadinha que vocês encontrarão excelentes sugestões saudáveis, gostosas e apetitosas!
Fonte: A Nutricionista.Com - Cristiane Mara Cedra - CRN3 19470
terça-feira, 24 de maio de 2016
As escolas são obrigadas a manter um tradutor de libras nas salas de aula para os alunos com deficiência auditiva? O que fazer se a escola não tiver esse profissional?
Daniele Pechi (novaescola@fvc.org.br)
O Decreto Federal nº 5626, de 22 de dezembro de 2005, estabelece que alunos com deficiência auditiva tenham o direito a uma educação bilíngue nas classes regulares. Isso significa que eles precisam aprender a Língua Brasileira de Sinais (Libras) como primeira língua e a Língua Portuguesa em sua modalidade escrita como segunda língua. Por isso, a Língua Brasileira de Sinais deve ser adquirida pelas crianças surdas o mais cedo possível - o que, em geral, acontece na escola - preferencialmente na interlocução com outros surdos ou com usuários de Libras.
Entre 2006 e 2009, o Ministério da Educação (MEC) certificou pouco mais de 5 mil intérpretes pelo Pro libras - o Programa Nacional para Certificação de Proficiência no Uso e Ensino da Língua Brasileira de Sinais - e, embora mais de 7,6 mil cursos superiores de Pedagogia, Fonoaudiologia e Letras ofereçam a disciplina de Libras, ter o número de intérpretes necessário para atender a demanda das escolas ainda é uma realidade distante.
Para se ter ideia, na rede municipal de São Paulo há apenas 19 intérpretes cadastrados, para atender mais de 300 alunos. Estima-se que no Brasil todo exista apenas 230 intérpretes capacitados em salas de aula.
Como medida paliativa, é importante que as escolas ofereçam aos surdos recursos visuais que os ajudem em seu desenvolvimento. As disciplinas precisam ser contextualizadas para que eles não fiquem de fora das atividades. A escola deve oferecer também um apoio no contra turno, sempre com material pedagógico ilustrado e com a maior quantidade possível de referências que possam ajudar: caderno de vocabulários, dicionários, manuais em libras etc.
Referência:http://revistaescola.abril.com.br/formacao/escolas-obrigadas-manter-tradutor-libras-salas-aula-alunos-deficiencia-auditiva-inclusao-636408.shtml
domingo, 3 de abril de 2016
terça-feira, 29 de março de 2016
Maio/2013
Educação em casa | Edição 193A escola escanteada
Cresce o número de pais que preferem educar os filhos fora do ambiente escolar por considerá-lo "pobre" e "ineficaz"; projeto de lei pretende regulamentar a prática no Brasil
Udo Simons
![]() |
Alexandre diz que aos 3 anos Luísa já estava totalmente alfabetizada em português. Além disso, a filha estuda inglês pela internet |
Com 37 anos de profissão, a doutora em Educação da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RGS), Helena Sporleder Cortes, destaca que o ensino não é apenas o ato de aprendizagem em sala de aula. "É aprender a ser cidadão. A conviver com o outro. É saber, ter, fazer e conviver, como nos lembra a Unesco em seus preceitos sobre educação", enfatiza Helena.
> Família relata o cotidiano de estudos em casa
> Família relata o cotidiano de estudos em casa
Para a professora, por mais competentes que sejam os pais nesse processo de ensino apartado da escola, ensinar é uma prática e exige formação. "Quais serão os critérios de supervisão? Qual será a competência necessária dos pais?", questiona-se Helena sobre o tema. Isso, sem contar com o fato de a educação contribuir para a construção da identidade da criança. "Numa escola, o colega em sala de aula é seu par horizontal; os adultos são a relação vertical, de hierarquia, dinâmicas fundamentais na formação", completa.
O que diz a leiAtualmente, no Brasil, pais ou responsáveis por crianças que não estejam regularmente matriculadas na Educação Básica estão sujeitos a punições como multa e perda da guarda dos filhos.
O que diz a leiAtualmente, no Brasil, pais ou responsáveis por crianças que não estejam regularmente matriculadas na Educação Básica estão sujeitos a punições como multa e perda da guarda dos filhos.
Não matricular crianças no ensino fundamental, dos 6 aos 14 anos, é considerado abandono intelectual pelo Código Penal Brasileiro. O artigo 246 prevê que: "Deixar, sem justa causa, de prover à instrução primária de filho em idade escolar: a pena é de detenção, de 15 dias a um mês, ou a aplicação de multa".
Pela Constituição brasileira é dever do Estado e dos pais ou responsáveis garantir o ensino regular às crianças e aos adolescentes de 4 a 17 anos. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de Diretrizes e Bases (LDB), alterada recentemente para a matrícula a partir dos 4 anos, reforçam a obrigatoriedade.
Segundo a advogada da organização Ação Educativa, Ester Rizzi, as decisões judiciais concedidas no Brasil em relação a esse caso costumam variar entre: autorizar o homeschooling, determinar a matrícula em escola regular, determinar uma multa ou destituir a guarda dos pais, transferindo as crianças para um parente/ abrigo. "Nunca vi ninguém ser preso por crime de abandono intelectual", diz.
Apesar de ser uma prática negada pela legislação brasileira, de acordo com dados da Associação Nacional de Ensino Domiciliar (Aned), existem no Brasil mais de 800 famílias praticantes da educação em casa. No final da última década, eram cerca de 300. Minas Gerais é o estado com maior concentração de pessoas praticantes do homeschooling, com mais de 250 famílias. E a cidade de Governador Valadares concentra o maior número delas.
As famílias que, de fato, levam à frente a educação domiciliar utilizam a portaria do MEC nº 10 de 23 de maio de 2012 para evitarem as consequências legais. O texto determina que a certificação pelo Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) não pressupõe a frequência em escola pública para efeito de concessão de benefícios de programas federais. Qualquer pessoa acima dos 18 anos, tendo ou não frequentado a educação formal, está apta a obter certificação de conclusão do ensino médio se alcançar a pontuação necessária na prova do Exame.
O novo projetoO Projeto de Lei 3.179/2012 pretende mudar esse cenário, descriminalizando a não matrícula. O texto deveria ser apreciado pela Comissão de Educação no final de abril. Geralmente, projetos de lei levam seis anos para passar por todos os trâmites da Câmara e do Senado antes de serem aprovados.
Autor do Projeto de Lei que regulamenta o ensino fora da escola, o deputado federal Lincoln Portela (PR/MG) diz ter se sensibilizado pelo fato de as famílias praticantes da educação domiciliar serem criminalizadas. "Precisamos garantir a essas pessoas o direito de exercer sua opção por educar seus filhos em casa. Ao fazerem isso, elas não estão negligenciando a educação. Estão adotando, apenas, um caminho", justifica.
Formado em Teologia e presidente da Igreja Batista Solidária, sediada em Belo Horizonte (MG), quando fala do assunto, Portela defende, insistentemente, que essa seria apenas mais uma modalidade de ensino. "O PL não é para colocar o ensino domiciliar como modelo único, dominante, de massa ou para se contrapor ao ensino formal, tradicional. É para criar possibilidades para os pais educarem seus filhos da maneira que considerem a mais adequada".
Quando questionado, contudo, sobre como é possível acontecer o convívio entre a educação formal e a domiciliar, por exemplo, como haveria fiscalização sobre esse modelo de ensino, ele ainda não tem respostas conclusivas. "Temos muito diálogo pela frente." E esboça o que poderia ser uma forma de fiscalização. "Avaliações do governo trimestrais, semestrais, ou anuais. Essas são questões que ainda precisam ser reguladas."
Resistência internaO deputado Portela tem dois filhos, ambos advogados. Nenhum deles, entretanto, foi educado pelo modelo domiciliar. "Faltou tempo a mim e a minha esposa para assumirmos essa responsabilidade", comenta.
Alexandre Magno Fernandes Moreira tem dedicado tempo à educação de sua filha. Ele é bacharel em direito, professor universitário, procurador do Banco Central, mas trabalha hoje para o Ministério da Educação, onde atua na Coordenadoria de Licitação, Contratos e Convênios na área Jurídica. Alexandre é, também, o diretor jurídico da Aned, onde advoga, como enfatiza, pro bono (atividade voluntária). Autor de Homeschooling: uma alternativa constitucional à falência da educação no Brasil, de agosto de 2008, Alexandre é pai de Luísa, hoje com 4 anos de idade. "Aos 3 anos e meio ela pegou um papel e lápis e escreveu o nome dela", diz o pai-educador.
Alexandre tomou conhecimento desse modelo de educação quando Luísa tinha apenas meses de vida. "Passei, então, a alfabetizá-la, estimulando o contato com as letras", relembra. Mas a primeira resistência à possibilidade de educar a filha em casa foi demonstrada por sua esposa (hoje ex-mulher). "Houve certo desgaste, ela não aceitava nossa filha educada integralmente de forma domiciliar. Daí, optei por uma educação domiciliar complementar", relata.
Segundo o pedagogo e pesquisador Fábio Schebella, orientador pedagógico para as famílias interessadas e praticantes do ensino domiciliar, há uma grande variedade de motivos que levam alguém a decidir pelo ensino em casa. "Porém, há três eixos preponderantes. São eles: impossibilidade física e/ou geográfica de frequentar uma instituição escolar; a busca por uma qualidade educacional superior; e o desejo de instruir os educandos conforme as opções ideológicas, filosóficas, políticas e/ou religiosas da família."
Experiências Negativas
A pesquisa Escola? Não, obrigado: um retrato da homeschooling no Brasil, monografia apresentada, em 2012, por André de Holanda, sociólogo pela Universidade de Brasília (UnB), confirma a percepção. O estudo é uma pesquisa demográfica com mais de 60 pais que educam os filhos em casa no Brasil. A maioria considera o ambiente de socialização escolar nocivo e, nas entrevistas, todos citaram experiências negativas sofridas da parte dos filhos ou deles mesmos nas escolas (veja quadro na página anterior).
A pesquisa Escola? Não, obrigado: um retrato da homeschooling no Brasil, monografia apresentada, em 2012, por André de Holanda, sociólogo pela Universidade de Brasília (UnB), confirma a percepção. O estudo é uma pesquisa demográfica com mais de 60 pais que educam os filhos em casa no Brasil. A maioria considera o ambiente de socialização escolar nocivo e, nas entrevistas, todos citaram experiências negativas sofridas da parte dos filhos ou deles mesmos nas escolas (veja quadro na página anterior).
De modo complementar (mas não menos importante), relata André, aparecem as motivações pedagógicas e as alegações de que o ensino regular ou o ambiente de aprendizado convencional é pobre e ineficaz (não necessariamente segundo parâmetros religiosos e morais). André enfatiza, entretanto, que o método de amostragem utilizado não permite generalizações para toda a população de homeschoolers no Brasil. "No meio acadêmico, falamos que a amostragem foi por conveniência e que a pesquisa foi autosselecionada, ou seja, foram os próprios pais que decidiram se iriam ou não participar", explica.
Já no caso dos Estados Unidos - país com a maior população de estudantes domiciliares do mundo (veja box ao lado) - a principal motivação dos pais para tirar os filhos da escola é religiosa ou moral - 36% segundo a pesquisa de André, citando o National Center for Education Statistics. Em segundo lugar vem "preocupação com o ambiente das escolas regulares", com 21%.
Para Schebella, apesar de o Brasil enfrentar tantos problemas educacionais, a homeschooling não é, necessariamente, a saída definitiva para todos. "Cada família e cada educando possui demandas, características educacionais que precisam ser consideradas ao se optar pelo gênero e modalidade de ensino. Dessa forma, o ensino em casa pode ser a solução para um grande número de famílias, mas talvez não o seja para todas."
Par a professora Helena Cortes, o ensino domiciliar ainda é inexpressivo no país, mas não invisível. "Como educadores temos de estar preparados para essa forma de ensinar [para um possível crescimento]", reflete.
referência:http://revistaeducacao.com.br/textos/193/a-escola-escanteada-288372-1.asp
quarta-feira, 27 de janeiro de 2016
Escola: dicas práticas para a volta às aulas.
Como organizar o horário de sono, decide quem vai levar e buscar, inventar novos lanches...
por Cristiane Rogerio e Thais Lazzeri.

VIDA PRÁTICA
A primeira semana...
Há ainda muitas dúvidas e pontos a resolver, apesar de você já ter passado por tantos ao escolher a escola ou manter seu filho na mesma. Junto ao medo de ele chorar na escola e de sentir saudades, você vai ver que terá de mudar a hora do “soninho da tarde”, que novos alimentos introduzidos na escola podem alterar o funcionamento do intestino dele, e, claro, precisará resolver como vai preencher o vazio das horas que ele estará na escola. O que você quer mesmo é saber se tudo ficará bem. E o que bate forte é a alegria e a emoção de ver que o filho está em uma nova etapa da vida.
Mantenha alguns hábitos antigos
Você vai precisar ser uma rainha da organização da rotina e mais: a entrada na escola vira os horários do avesso. Mas manter alguns hábitos que a criança tinha antes da escola é importante, principalmente se ela for bem pequena. Ela não quer mais ouvir histórias nem comer na hora do jantar? Mostre que isso continua importante, que é uma espécie de ritual dentro de casa. “Algo gostoso que só fazemos aqui”, que tal? Por outro lado, a escola muda as preferências, dá outros referenciais, e isso pode significar repensar a rotina antiga, ver o que não interessa mais à criança. É um momento muito importante, pois ela está experimentando. E, de certa forma, os pais também.
Registre tudo!
Que tal fotografar o primeiro dia de aula? Aquela foto linda com a mochila, o uniforme novo, a expressão de ansiedade... pode virar uma coleção para todos os anos da escola. E será muito gostoso rever tudo isso mais tarde. Não só para a criança: você vai querer lembrar disso sempre.
4 toques importantes para entrar sem dramas na rotina das aulas
• Uma das maiores dificuldades quando o assunto é rotina é acostumar a criança a mudar seu horário de acordar. Se ela for à escola de manhã, comece a despertá-la em horários próximos aos da aula pelo menos uma semana antes. Aos poucos, ela vai se acostumar. Se for estudar no período vespertino, veja se vai ser preciso alterar o horário do almoço e do banho dela.
• Nos dois casos acima, uma boa dica é, uma semana antes, seguir os horários que seu filho terá depois de começarem as aulas, como um treinamento mesmo.
• Leve-o para visitar a escola antes do primeiro dia de aula. Mostre onde vai ser a sala de aula e responda às dúvidas que aparecerem: quem é o professor, o que ele faz, quantos colegas têm na sala, para onde ele tem de ir, onde é o banheiro etc.
• Estabeleça antes uma rotina para o período em que ele não está na escola: hora das refeições, tempo livre para brincar, o momento da lição de casa, de descansar.
Olhos ainda mais atentos ao relógio
“Há dois pontos que mais me marcam no começo ou no retorno das aulas do João. Os horários na primeira semana ficam bem atrapalhados. Acordar cedo é difícil para ele e todo mundo acaba chegando atrasado: João, na escola, e eu, no trabalho! Por isso, preciso estar ainda mais de olho no relógio: aumento o meu controle para não me perder no tempo. E quando chegam as férias, começa tudo de novo: só o fato de o pequeno estar em casa acaba mudando a minha rotina. Deixa os nossos dias de trabalho com cara de férias.”
Ana Paula Pontes, repórter de CRESCER e mãe de João, 5 anos
Ana Paula Pontes, repórter de CRESCER e mãe de João, 5 anos

8 itens para prestar atenção no berçário
• O ideal é que exista um berçarista para cada três crianças.
• Observe como é o controle de entrada e saída dos funcionários.
• Em qualquer “entradinha rápida” você pode saber o jeito que a equipe trata as crianças.
• Entenda mais sobre as rotinas do bebê, o que faz e se há brinquedos ou livros à mão.
• A agenda da criança com as anotações podem ajudar muito no item acima e mostrar seu desenvolvimento – e até suas preferências.
• Como a área verde e o tempo em contato com o sol é fundamental, veja se isto está acontecendo com frequência.
• Nas casas com escadas, fique de olho nas condições das grades e portões. Observe também como estão os protetores de tomadas, das quinas de móveis etc.
• O estado do bebê e dos itens dele na mala, por exemplo, dão uma boa ideia de como o berçário se preocupa com pontos como higiene.
O sono sempre muda
Se todas as manhãs são sofridas, algo está errado. As perguntas que você deve fazer a si mesma:
Ele realmente foi dormir no horário certo e teve um sono tranquilo? O recomendado para crianças em idade escolar é cerca de dez horas de sono – e soneca da tarde não entra na conta.
A escola é em período integral e talvez ele não esteja descansando anto quanto deveria? Entre em contato com a escola e veja os horários de descanso que a criança tem e como ela está dormindo por lá.
Meu filho é uma criança vespertina? Se ele estuda cedo, mas o rendimento é melhor à tarde, matricule neste período, ou vocês vão sofrer todas as manhãs. Procure uma alternativa – e uma solução – em parceria com a escola.

Transporte escolar
A primeira decisão é saber quem vai levar e buscar a criança na escola, é claro. Caso os pais não possam, nem a babá ou outra pessoa da família, uma van ou um esquema de rodízio de carona com outros pais podem ser boas alternativas. Liamara Montagner Salamani, coordenadora pedagógica do Colégio Santo Américo (SP), dá aqui outras dicas:
CUIDADOS PARA CONTRATAR UMA VAN
1 Veja se a van é indicação da escola e se essa se corresponsabiliza pela proteção do seu filho.
2 Cheque a habilitação do motorista e documentos do veículo.
3 Calcule quanto tempo a criança vai ficar no transporte. Se ele entra na escola às 8 h e a van passa às 6 h na sua casa, nem pensar.
4 Verifique se o veículo possui cinto de segurança para todas as crianças e se há cadeirinha.
SE FOR ALGUÉM DA FAMÍLIA
1 Primeiro veja se a pessoa que vai pegar as crianças tem mesmo disponibilidade para isso e quer fazê-lo todos os dias. A obrigação pode acabar com a boa vontade. Converse com ela sempre e tente ajudá-la com os custos do combustível, por exemplo.
2 Deixe o nome dela e o número da documentação na escola. Se por algum motivo outra pessoa for buscar a criança, informe a escola, com um dia de antecedência, o nome e a documentação, tudo escrito na agenda do aluno. Se for alguma emergência, ligue para a escola e passe os detalhes.
CARONAS ENTRE OS PAIS (é uma alternativa que, além de tudo, contribui para o meio ambiente: carona põe menos carros nas ruas!)
1 A escola pode ajudar a ver quem pode se envolver e organizar um rodízio entre os pais.
2 Pergunte a distância entre uma casa e outra – se você (ou o pai que der carona para o seu filho) sair mais que 20 minutos da rota habitual, a viagem vai ficar cansativa.
3 É legal vocês estabelecerem algumas regras entre os caronas: crianças menores de 10 anos só no banco de trás e com cinto de segurança (a partir de 2010, a cadeirinha será obrigatória para crianças até os 7 anos de idade; mas, é claro, hoje isso já é mais do que recomendado).
referência
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI25792-15153,00.html
Assinar:
Postagens (Atom)
Os desafios para a educação brasileira .
Os desafios para a educação brasileira em 2022 POR INGRID MATUOKA A pandemia e as desigualdades que foram ampliadas a partir dela, a reto...
-
Piaget e sua teoria sobre a aprendizagem julho 31, 2017 em Psicologia Jean Piaget é um dos nomes escritos com letras de ouro na ps...
-
A consciência fonológica no TEA O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição cujo indivíduo deve superar diversas barreiras....