quinta-feira, 3 de novembro de 2022

Os desafios para a educação brasileira .

 

Os desafios para a educação brasileira em 2022

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A pandemia e as desigualdades que foram ampliadas a partir dela, a retomada das atividades presenciais nas escolas, a vacinação de crianças, o uso da tecnologia e a implementação do Novo Ensino Médio estão entre os principais desafios do ano. Para superá-los, especialistas defendem uma mobilização coletiva da sociedade em torno do tema.

Leia + Posicionamento sobre o Direito à Educação em Contexto de Pandemia

“Precisamos resgatar a escola como espaço de aprendizagem, pertencimento e acolhimento para que as crianças, jovens e adultos encontrem nela esperança e sonhos: um futuro”, diz Gina Vieira, formadora de professores da educação básica do Distrito Federal.

O Centro de Referências em Educação Integral conversou com três especialistas.  Confira, abaixo, oito desafios que a Educação tem pela frente:

O enfrentamento às violações de direitos

A pandemia agravou as vulnerabilidades sociais de boa parte da população brasileira, com muitas famílias perdendo renda e emprego, comprometendo o valor do aluguel e também a garantia de comida na mesa. Há, ainda, 130 mil crianças (The Lancet) que perderam pai, mãe ou um responsável para a Covid-19 e outras tantas que perderam pessoas queridas e agora vivem o luto. Quando os estudantes que estão enfrentando esse contexto retornam à escola, não há como desconsiderar toda a carga emocional que os acompanha. É preciso que o aluno e sua vivência sejam acolhidos no ambiente escolar.

“O grande legado que a pandemia deixou para a Educação foi a tomada de consciência de que nossos problemas educacionais são, antes de tudo, problemas de desigualdade social. Embora a função social da escola não seja de assistência social – é de garantir aprendizagens – ela tem papel fundamental de acionar a rede de proteção, por sua capilaridade e contato diário e porque, para garantir aprendizagens, precisa olhar para o estudante como um todo”, diz Gina Vieira.

Cleuza Repulho, ex-presidente da Undime (União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação) e consultora educacional, também recomenda que as redes aumentem o número de refeições e a quantidade de alimentos devido à crescente insegurança alimentar vivenciada no país.

A reabertura segura das escolas e a vacinação das crianças

Com o início do ano letivo se aproximando, as redes e as escolas têm a tarefa de garantir que os protocolos de segurança sanitária, elaborados em conjunto com as Secretarias da Saúde de estados e municípios, estejam adequados e que a infraestrutura das unidades esteja preparada para receber a comunidade escolar com todas as condições a que ela tem direito. “Além disso, a vacinação de todos e todas é chave para essa reabertura segura”, defende Cleuza.

Em 14 de janeiro, o menino indígena Davi Seremramiwe Xavante, de 8 anos, foi a primeira criança a ser vacinada contra a Covid-19 no Brasil, marcando o início da imunização de crianças de 5 a 11 anos no país. Com intervalo de 28 dias entre as doses, não há necessidade de autorização por escrito desde que o pai, a mãe ou o responsável acompanhe a criança no momento da vacinação. As doses serão aplicadas em ordem decrescente de idade, com prioridade para quem tem comorbidades ou deficiências permanentes e para crianças quilombolas e indígenas.

A especialista, que acompanha diversas redes de Educação pelo país, pontua ainda outros problemas que têm surgido ao longo do retorno presencial, iniciado sobretudo no segundo semestre de 2021. 

“Há, por exemplo, empresas de transporte escolar desistindo de rotas, pedindo alinhamento de preços e a reorganização de toda a rede, o que complica o acesso à escola. Há também casos de escolas exigindo compra de materiais e uniforme, o que não pode ser feito em nenhuma circunstância”, afirma. 

A garantia das aprendizagens e o respeito aos professores

“O primeiro diagnóstico que os professores precisam fazer dos estudantes é do seu bem estar geral porque eles não vão aprender se não estiverem bem”, observa Gina sobre parte essencial do processo de recomposição das aprendizagens que as escolas precisarão fazer. 

Conheça a plataforma Reviravolta da Escola, que traz conteúdos sobre os caminhos possíveis para se recriar a escola necessária para o mundo pós-pandemia.

Esse processo de acolhimento e escuta, que deve ser contínuo, alcança não só os estudantes e suas famílias, mas também os professores, que voltam à escola após vivências profissionais e pessoais difíceis, muitas vezes, traumáticas. Além de serem lançados ao desafio de usar tecnologias digitais sem preparo para isso, se aproximaram da vida dos estudantes. Dessa maneira, puderam perceber situações delicadas e extremas, como violência e fome. 

“Tenho visto muitos professores se sentindo impotentes, desamparados e desesperançosos. Precisamos reconhecer e agradecer tudo o que fizeram e continuam a fazer e dar muito apoio a eles, que estão na linha de frente do desafio de reerguer a escola”, diz Gina.

Já em relação às aprendizagens, a especialista chama atenção para o fato de que a concepção de aprendizagem que nossa sociedade tem é limitada e desconsidera outros desenvolvimentos significativos que crianças e adolescentes tiveram ao longo da pandemia. “Não existem perdas irreparáveis na aprendizagem, muito menos uma ‘geração perdida’”, pontua.

A busca ativa dos estudantes

Em 2020, cerca de 5,5 milhões de crianças e adolescentes de 6 a 17 anos tiveram seu direito à educação negado, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef). O dado inclui os que não frequentavam a escola (1,4 mil), seja de forma presencial ou remota, e os que frequentavam, mas não tiveram acesso a atividades pedagógicas (4,1 mil). Por isso, um dos principais desafios das redes e escolas agora é conquistar condições para que essas crianças e adolescentes possam voltar e permanecer na escola com qualidade, um direito garantido a eles constitucionalmente.

“Tenho visto escolas e redes usarem estratégias diferenciadas de busca ativa, desde o controle diário da frequência dos estudantes até gincanas, sair de bicicleta pelo bairro atrás de todo mundo, pedindo ajuda dos estudantes para encontrarem os colegas, usando a estrutura da Saúde, da Assistência Social e dos agentes comunitários para cruzar dados e encontrar famílias. É hora de acionar todo mundo, para que estejam atentos ao seu redor”, orienta Cleuza.

Para Gina, este também é o momento de resgatar políticas públicas que garantam condições para os estudantes, sobretudo os adolescentes e adultos, a continuarem na escola: “É o caso de medidas como o Bolsa Família, programa que acabou, mas que foi consolidado, testado exaustivamente dentro e fora do Brasil, e garantia à família um apoio na sua renda com a condição de que a criança não faltasse à escola”.

O uso das tecnologias digitais

Durante a pandemia, escolas e estudantes com condições de utilizar as tecnologias digitais para o ensino remoto tiveram aprendizagens nesta área; a tendência é que levem essa bagagem para a sala de aula na volta presencial. 

É importante defender cada vez mais a inclusão digital porque ela é sinônimo de inclusão social e observar que o discurso de que os professores têm resistência às tecnologias foi por terra, uma vez que eles fizeram acontecer. O que falta são políticas públicas sistemáticas, formação, acompanhamento e investimento”, defende Gina.

Já em meio ao fazer pedagógico, a especialista indica que incluir a tecnologia não pode passar por reduzir professores e estudantes a consumidores de tecnologia. Essas ferramentas devem respeitar a autonomia docente, a concepção de crianças e adolescentes como agentes sociais e não abrir mão dos marcos civilizatórios e da ciência da Educação. 

“As tecnologias digitais ampliam possibilidades como todas as ferramentas e, se usadas de forma coerente com o PPP [Projeto Político Pedagógico] e o currículo da escola, são bem-vindas. O problema é quando viram um fetiche, sendo usadas para ser divertido, para parecer moderno, e na prática não muda ou facilita nada”, complementa Helena Singer, socióloga, pós-doutora em Educação e líder da Estratégia de Juventude da Ashoka para a América Latina.

A implementação do Novo Ensino Médio

O Novo Ensino Médio, aprovado em 2017, teve o início de sua implementação adiada para 2022, em razão da pandemia. Seu início, previsto para este ano, contemplará  o 1º ano do Ensino Médio. Em 2023, contará com os 1º e 2º anos e, completando o ciclo de implementação, estará em vigor de forma completa, nos três anos de Ensino Médio, em 2024. 

“Esse é, contudo, um programa frágil do ponto de vista da participação das comunidades escolares e sua implementação vai depender de como as escolas e redes vão se apropriar desse processo”, avalia Helena Singer.

E as mudanças não são poucas. O Novo Ensino Médio possui um currículo dividido em dois blocos: um geral, que segue as determinações da BNCC (Base Nacional Comum Curricular), e um diversificado, composto por cinco tipos de itinerários de aprendizagem e os itinerários integrados, que envolvem mais de uma área. As escolas e redes precisam, portanto, adaptar desde os currículos até os espaços físicos e o quadro docente para implementar tais mudanças. 

A revisão do Ideb

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), importante ferramenta para acompanhamento das metas de qualidade para a educação básica e a construção de políticas públicas educacionais, deve ser revisto esse ano.

“É uma oportunidade de avaliar todo o Ideb, refletindo sobre o que ele trouxe para melhorar a qualidade da Educação ou não, mas para isso vamos precisar que toda a sociedade se envolva no debate”, explica Helena. 

As eleições 

O ano de 2022 também é marcado pelas eleições para presidente da República, governador, senador, deputado estadual e federal. “É um momento importante para debater concepções, formular propostas e influenciar os programas de governo”, acredita Helena.

E é fundamental que se considere também a política do Governo Federal, ao longo dessa gestão, no âmbito de políticas públicas voltadas à Educação. Entre trocas de ministros, cargos técnicos assumidos por questões meramente políticas, foram diversas as ações e sinalizações do governo Jair Bolsonaro de caráter prejudicial à área. Alguns dos desmantelamentos foram: baixa execução orçamentária no MEC; grave crise no INEP (órgão ligado ao MEC e responsável pela realização de avaliações e exames, como o ENEM e o SAEB) com a demissão em massa de 37 profissionais em novembro último e abalo na sua credibilidade; menor número de inscritos no ENEM desde 2009; desaceleração e descontinuidade de importantes agendas e políticas pactuadas pelo campo educacional nos últimos anos e, por fim, a ausência completa de coordenação federal durante a crise da pandemia de COVID-19, que gerou impactos preocupantes nos indicadores educacionais como o aumento nos índices de evasão e abandono, entre outros efeitos nefastos ligados à aprendizagem e proteção integral de crianças, adolescentes e jovens.

Em entrevista à Hora do Intervalo, Natacha Costa, diretora geral da Associação Cidade Escola Aprendiz, fez um balanço dos anos de pandemia e os desafios que a Educação vai enfrentar em 2022. “A educação não pode prescindir de esperança, de amor às pessoas, de acreditar que é possível construir caminhos coletivamente. Não há educação sem que essas coisas estejam vivas. E a esperança, como Paulo Freire diz, é ação, é transformar nossas perspectivas, nossos sonhos em ação”, disse. 

REFERÊNCIA:https://educacaointegral.org.br/reportagens/os-desafios-para-educacao-brasileira-em-2022/

quarta-feira, 3 de junho de 2020

Covid-19: Conteúdos úteis para ajudar sua escola em tempos de conscientização 

A pandemia da Covid-19: está mudando a rotina de todos. Neste cenário, em que somos obrigados a conviver com distanciamento social, quase nada é como antes.

Na Escola em Movimento, todos os colaboradores já trabalham de casa.Sabendo que essa é também a realidade da maior parte das escolas, o impacto da tecnologia no dia a dia dos educadores aumenta bastante.

Estamos, neste momento, buscando ações e soluções que ajudem escolas e educadores a minimizarem o impacto da Covid-19.

Neste post, organizamos informações que podem ajudar no plano de ação escolar.

Você também cuida de si, ao cuidar do outro!


Recesso não planejado: O que fazer com os alunos em casa?

Com a suspensão das aulas e as crianças em casa, surge um novo desafio para as famílias. Que atividades fazer? Como aproveitar bem o tempo enquanto estão em casa?

Listamos algumas dicas que a sua escola pode compartilhar com os pais.

Reorganizar a casa

O primeiro pensamento é como reorganizar as coisas em casa para que todos possam conviver bem, serem produtivos e também se divertir (fator muito importante).

Ficar isolado em casa com jovens e crianças pode ser desafiador sem um ‘plano de ação’ eficaz. O ambiente precisa mudar para que a mentalidade de todos também mude.

A dica é separar os cômodos de acordo com suas funções. A sala pode ser o ambiente para relaxamento/diversão, por exemplo.

A sala de jantar pode se transformar em um ambiente escritório/sala de aula e as pessoas que tiverem varandas, podem usá-las para fazer exercícios físicos como alongamentos ou yoga.

Que tal já transformar isso numa atividade divertida e pedir aos seus filhos que façam placas de sinalização de cada local? Assim eles já podem começar a entrar no clima!

Planilha de novas rotinas

Não estamos de férias! Há aulas, projetos, trabalhos a serem feitos e as escolas estão se organizando para entregar materiais e opções para que os estudos e leituras possam continuar a ser seguidos em casa.

Transformar a mesa de um jantar em um coworking pode ser uma boa opção para pais e filhos de todas as idades trabalharem lado a lado.

Será preciso comprometimento e uma boa dose de disciplina, mas também pode ser uma ótima oportunidade de estreitar alguns laços e redescobrir interesses em comum.

Separar horários para as atividades é uma das melhores formas de organização e planejamento. Estudos na parte da manhã e brincadeiras/relaxamento à tarde ou de uma forma intermitente para que fique mais leve. Cada família pode encontrar sua fórmula.

Faça exercícios físicos

É muito importante se movimentar, mesmo em tempos de isolamento. Não é recomendável neste período a ida a academias, estúdios e outros locais fechados com um número alto de pessoas.

Mas nem por isso você precisa parar de se exercitar. Subir e descer as escadas do seu prédio, dar a volta na área interna, alongar e quaisquer outras situações que não envolvam contato com outras pessoas podem ajudar.

Lembrem-se sempre de lavar muito bem as mãos após voltar para casa ou levar um álcool em gel quando sair. Isso também é muito importante para as crianças e jovens. Muitos vídeos de exercícios no Youtube também podem ajudar e você pode até experimentar algo novo e diferente.

Use e estimule a criatividade

Dada a incerteza do período de distanciamento social, é preciso ser criativo. Logo, a busca por atividades diferentes e lúdicas se torna uma necessidade constante.

Jogos, brincadeiras, livros, programas, séries de TV. O que fazer? Fazer pequenas competições saudáveis, caso haja mais de uma criança em casa (ou mesmo entre pais e filhos) pode ser uma opção divertida.

Quem monta um quebra-cabeças mais rápido? Ou quem consegue descobrir o “tesouro escondido” em uma caça improvisada que pode ter como prêmio um biscoito ou um brinquedo.

Que tal fazer um desfile de modas ou então criar uma obra-prima da arquitetura moderna com lençóis e cobertores? Tentem se divertir com o que tem em casa e lembrar das brincadeiras de infância.

Confira o artigo completo com mais dicas para compartilhar com as famílias

[Mídia Kit] Compartilhe dicas com os pais sobre o que fazer em casa com os filhos

Os profissionais da saúde salvam vidas e a educação ajudou a formá-los. Seu trabalho também muda o mundo!

Quais ferramentas podem ser úteis à sua escola neste momento?

Sabemos dos imensos desafios que o novo Coronavírus trazem a todos.

Se a recomendação é não ter contato físico, boas soluções podem ser a chave para encurtar distância entre educador e aluno, entre escola e famílias e até mesmo a distância entre os próprios colaboradores.

Por meio de pesquisa com especialistas e profissionais da educação, identificamos algumas ferramentas que podem ser muito úteis à sua escola. Confira:

Google hangouts meet: Essa é a ferramenta do google para realizar videoconferências com até 250 pessoas em uma só reunião. Basta criar um evento na sua agenda google e incluir o e-mail dos seus alunos convidados do evento. Ao enviar, é compartilhado um link que dá acesso à videoconferência criada, que pode ser feita tanto pela web quanto por de dispositivos móveis. Entretanto, não é possível gravar as aulas para compartilhar depois.

Zoom

Zoom é uma empresa de serviços de conferências. Em sua versão gratuita é possível realizar videoconferências com até 25 pessoas e limite de até 40 minutos. Para ter acesso cadastre-se no site  e agende uma reunião. Em seus detalhes estará disponível o link para ter acesso à videochamada. Compartilhe-o com seus alunos junto com a data e o horário marcado. Essa ferramenta também não disponibiliza a opção de gravação em sua versão gratuita.

Microsoft teams

A Microsoft também disponibiliza uma plataforma para a criação e gerenciamento de videoconferências com até 250 pessoas ao mesmo tempo. Durante este período está liberado o acesso a recursos antes disponíveis apenas para contas premium, como o onedrive e o office web.  Nesta ferramenta é possível gravar as suas aulas! Para ter acesso, só é preciso se cadastrar, clique aqui. 

Google classroom

Essa plataforma gratuita do Google permite a criação, compartilhamento e gerenciamento de atividades que os seus alunos irão realizar. Com interface simples e intuitiva, ficará fácil administrar as atividades dadas aos seus alunos durante este período. Para isso, basta se cadastrar no site:

Survey Monkeys

Essa é uma ferramenta que permite que você crie formulários online e então colete respostas. Pode ser muito útil para atividades remotas, testes online, para pesquisas de satisfação e muito mais.

Socrative

Socrative é um aplicativo que te ajuda avaliar e medir no ritmo da aprendizagem dos alunos. Por meio da tecnologia, o feedback pode ser imediato. O professor entra Socrative, digita o seu e-mail e senha.

O aluno, pelo smartphone, acessa o app e digita o número da sala de aula informado pelo professor. No ambiente virtual, O professor pode fazer a pergunta oralmente, e o estudante opta pelas alternativas. Os resultados aparecem em tempo real.

Plickers

Plickers é uma ferramenta de administração de testes rápidos, que permite que o professor escaneie as respostas em tempo real e conheça o nível da turma em relação a conceitos e pontos chaves de uma aula.

O app gera e salva automaticamente o desempenho individual dos alunos, criando gráficos e dados. Essas informações podem ser úteis para identificar dificuldades, tendências e estratégias de personalização de ensino.

Kahoot!

Kahoot é um serviço gratuito que permite que os alunos estudem nos smartphones ou PCs a partir de testes de pergunta e resposta. O app possui um formato semelhante com jogos de quizzes, e os alunos vão ganhando pontos enquanto acertam as questões.

É possível responder testes de conhecimentos gerais criados pela comunidade ou produzir perguntas específicas sobre um assunto para compartilhar com os colegas.

Como nossas soluções podem ajudar?

A solução da Escola em Movimento também pode ser muito útil neste momento. A maior vantagem para a escola é que qualquer colaborador, mesmo trabalhando remotamente, consegue em poucos cliques se comunicar com as famílias e os alunos.

Sabendo da importância da tecnologia neste momento, disponibilizamos uma versão da nossa solução de comunicação de forma gratuita, até o dia 15 de junho, para que sua instituição de ensino consiga se comunicar melhor neste período.

 Solicite seu acesso aqui.

Confira as dicas:

Compartilhe vídeos de aulas online

Os vídeos são o tipo de conteúdo que mais faz sucesso na internet e isso não é à toa. Por meio deles, é mais fácil prender atenção das pessoas, contar boas histórias e, por que não, ensinar!

Com a impossibilidade da aula presencial, sua escola pode gravar vídeos diretamente no celular e compartilhar no aplicativo.

É possível compartilhar o vídeo diretamente na plataforma ou compartilhar o link do youtube, para que os usuários assistam diretamente no aplicativo.

Veja aqui como enviar um vídeo pela plataforma. 

Fale com a Escola: Tenha um canal específico para dúvidas

Sua escola pode abrir um canal relacionado à COVID-19 para que fique mais fácil para os pais se comunicarem e tirarem suas dúvidas.

Defina as pessoas na escola que ficarão como responsáveis em responder os chamados e vincule-as como atendentes. Os atendentes podem estar trabalhando remotamente, o que também é uma vantagem.

Além de tudo, a gestão da escola pode acompanhar em tempo real o volume de dúvidas e entender o que os pais estão pensando e ser mais assertivo na comunicação.

A ferramenta pode ser um meio das famílias terem contato constante com as escolas.

Veja aqui como criar um canal de atendimento.

Disponibilize todos os conteúdos de forma organizada

Na área de Documentos da escola, você pode organizar todos os arquivos e compartilhar com todos os usuários.

Nessa área, pode inserir o mapa de hospitais mais próximos e sugestões de atividades e exercícios para os pais e alunos enquanto as aulas estão suspensas.

Você pode também organizar um conteúdo específico sobre a COVID-19 com informações relevantes que vão ajudar toda a comunidade escolar com dicas de prevenção da doença.

Veja aqui como criar Documentos no app.

Disponibilize todos os conteúdos de forma organizada

Na área de Documentos da escola, você pode organizar todos os arquivos e compartilhar com todos os usuários.

Nessa área, pode inserir o mapa de hospitais mais próximos e sugestões de atividades e exercícios para os pais e alunos enquanto as aulas estão suspensas.

Você pode também organizar um conteúdo específico sobre a COVID-19 com informações relevantes que vão ajudar toda a comunidade escolar com dicas de prevenção da doença.

Divulgue o Aplicativo feito pelo SUS sobre o Coronavírus

O Ministério da Saúde liberou um aplicativo gratuito com o objetivo de facilitar o acesso a informações sobre o vírus, mas nem todo mundo sabe disso.

Sua escola pode ajudar a divulgar esse aplicativo que tem dicas de prevenção, descrição de sintomas, formas de transmissão, mapas de unidades de saúde e até lista de notícias falsas que foram disseminadas sobre a Covid-19.

Ao enviar a mensagem, selecione todos os usuários e compartilhe a informação.

REFERÊNCIA:https://www.escolaemmovimento.com.br/blog/covid-19/

quinta-feira, 29 de agosto de 2019



A consciência fonológica no TEA


O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição cujo indivíduo deve superar diversas barreiras. Esses desafios surgem ainda na primeira infância, principalmente quando esses pequenos estão na escola. As crianças precisam aprender a se socializar, a ler e a escrever ao longo de sua jornada. Para a leitura e a escrita, torna-se necessário que o aluno seja alfabetizado.
Vale lembrar que antes da alfabetização é importante passar pela etapa do conhecimento dos sons pertencentes à nossa língua. Lembrando que o enfoque aqui são os alunos que convivem com o autismo.
Sendo assim, a consciência fonológica no TEA necessita de todo um conjunto de estratégias que visem a colaborar com o desenvolvimento de tal habilidade nessas crianças. Para isso, educadores/pedagogos e psicopedagogos são indispensáveis em tal missão. Vocês se lembram o que é a consciência fonológica?

O que ela significa?

Consciência fonológica pode ser considerada como a habilidade que todos nós temos para manipular os sons existentes em nosso idioma. Em outras palavras, podemos dizer que é a capacidade de percebermos quando uma palavra pode começar ou terminar com o mesmo som. Além disso, esse conhecimento nos permite saber quando também existem termos grandes e pequenos; e que há frases e uma segmentação em tais orações.

Consciência fonológica e o autismo

As pessoas geralmente não conseguem conceber a relação positiva entre um e outro, mas é bastante possível que uma criança seja alfabetizada por meio das metodologias que estão incluídas nesse processo. A consciência fonológica no TEA ocorre por meio de uma preparação muito bem elaborada por profissionais capacitados.
No caso do TEA, os professores trabalham com o enfoque totalmente voltado às necessidades trazidas pelos alunos. Isso significa que se o estudante apresentar um autismo leve, os educadores vão direcionar suas técnicas aos elementos que podem impulsionar o seu desenvolvimento.
Interessante salientar que um elemento crucial para a consciência fonológica é o aprendizado das sílabas. Elas representam uma etapa inicial de todo esse processo de consciência fonológica. Vejamos no exemplo abaixo:
– O educador escolhe uma categoria de palavras e passa a trabalhar com as crianças. Vamos supor que esse grupo seja referente a animais. O professor pergunta a elas que bicho é esse. Os pequenos, então, responderão falando de maneira silábica: ‘ga-to’, ‘ba-lei-a’, ‘a-ra-ra’, ‘sa-po’ e por aí vai.
Um lembrete importante (utilizado em artigos anteriores): da esquerda para a direita a fim de trabalhar a direcionalidade de escrita. A partir desse exercício, a criança vai lendo e falando os pedacinhos das sílabas até fixar as palavras que acabara de pronunciar.

Consciência fonológica no TEA e a alfabetização

A consciência fonológica vem antes de qualquer método de alfabetização. Esse aspecto é de extrema relevância, pois muitas pessoas pensam que para a criança atingir o aprendizado da leitura e a escrita, basta apenas ensinar as letras soltas (A, B, C…).
No entanto, o som da letra nem sempre deve ser vista como a garantia de aprendizado. Os pequenos podem apresentar grandes dificuldades, por exemplo: elas tendem a mostrar problemas na hora de juntar as letras. Há alguns casos cujos pais ou professores pensam que fornecendo as letras, as crianças já aprendem a ler e a escrever sozinhas. Entretanto, a situação não é bem assim, pois a letra é apenas um dos aspectos que a criança aprende.

A escolha da escola no desenvolvimento da criança

É sempre válido ressaltar que a escola desempenha um papel fundamental durante esse processo. A escolha da instituição vai refletir de maneira considerável no desenvolvimento de seu filho/filha, com profissionais engajados no trabalho de proporcionar o conhecimento do pequeno por meio de técnicas eficazes.  Além disso, é imprescindível manter contato com o médico responsável a fim de que ele possa avaliar a situação em que se encontra a criança.

terça-feira, 27 de agosto de 2019


Como lidar com o TOD (Transtorno Opositivo Desafiador)


Por acaso vocês já notaram que algumas crianças são persistentemente rebeldes, desobedientes e costumam responder a qualquer advertência feita pelos adultos? Em situações de contrariedade, elas demonstram explosões de fúria, grande hostilidade e até mesmo sentimento de vingança? Muitos pais e mães convivem com filhos que manifestam esses sinais. No começo é comum que isso seja confundido com um simples caso de desobediência.
No entanto, esses casos pedem muito mais atenção e cautela, pois o acompanhamento com um especialista faz-se necessário frente ao progresso dessas reações ao longo do desenvolvimento da criança. O motivo desse alerta deve-se ao Transtorno Opositivo-Desafiador (TOD).

O que é o Transtorno Opositivo-Desafiador?

Podemos considerar que o TOD é uma condição em que uma das consequências é o  impacto no aspecto comportamental da criança. Isso acontece porque o pequeno começa a conviver com um grande sentimento de irritabilidade. Vale ressaltar também que o pequeno pode ter momentos em que a indisciplina causa desgaste não só em si mesmo, mas em toda a sua família.
Sendo assim, o dia a dia com uma pessoa que apresenta as características presentes no TOD necessita de muita cautela e paciência por parte de seus familiares e amigos. O tratamento é fundamental para tornar os efeitos mais brandos.

Como lidar com o TOD?

– Bom, antes de pensar em como diminuir as reações da criança com o Transtorno Opositivo-Desafiador é preciso estar atento a alguns comportamentos que vocês adultos adotam no cotidiano. Sabiam que um lar onde os pais costumam se tratar de forma hostil pode impactar na forma com a qual os filhos se comportam? Sim, inclusive no TOD.
– Portanto, a primeira dica é que você e seu cônjuge evitem, ao máximo, agressões físicas e verbais. Lembre-se que a criança vai se basear na maneira que as pessoas se relacionam no ambiente doméstico.
– Quando o pequeno fizer alguma coisa boa, tente mostrar que aquela atitude é correta e deixa todos felizes, além de torná-lo uma pessoa mais querida. Esse estímulo fortalece a autoestima.
– A participação da criança em atividades esportivas é fundamental para que ela aprenda a ter mais disciplina. Outro benefício que seus filhos podem adquirir é a percepção do trabalho em equipe, muito influenciado pelo dinamismo presente em tais práticas. Eis aí uma excelente maneira de induzir o pequeno em tarefas que podem auxiliá-lo na interação social.
– Escolha sempre o caminho do diálogo, todos têm muito a ganhar com isso.

Como é o tratamento?

O Transtorno Opositivo-Desafiador necessita de acompanhamento profissional para que suas características sejam diminuídas e desapareçam. No entanto, é preciso dizer que quanto antes for descoberto, mais fácil será o controle da situação.
Caso a criança chegue à adolescência, o TOD pode evoluir para distúrbios que tornarão a situação ainda mais séria, como o surgimento do Transtorno de Conduta, por exemplo. Além disso, o abuso de álcool e outras drogas pode se intensificar. Há pacientes diagnosticados com TOD que também convivem com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade.
As intervenções se pautam em psicoterapia infantil. O especialista vai analisar também o ambiente familiar em que a criança vive e qual a relação social que ela demonstra em situações que requerem sua participação em determinados meios.  A terapia para a família também não está descartada.
Vale dizer que a psicoterapia visa trabalhar aquelas situações em que a criança precisa lidar com alguma frustração (onde surgem os momentos de raiva e outros traços já mencionados anteriormente). A orientação dada aos pais tem o objetivo de ajudá-los no comportamento e nos métodos a serem aplicados dentro de casa.
 
REFERÊNCIA:https://neurosaber.com.br/como-lidar-com-o-tod-transtorno-opositivo-desafiador/

quinta-feira, 27 de junho de 2019

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Psicopedagogia: o que é, importância e atuação profissional

psicopedagogia o que e importancia atuacao profissional
Você sabe o que é psicopedagogia e onde ela se aplica?
Entender como o conhecimento é construído, descobrir os processos de aprendizagem humana e permitir uma educação mais eficiente.
Todas essas são questões relacionadas a esse vasto campo.
Mas há muito mais a saber sobre a sua importância e também sobre as possibilidades de atuação de um profissional formado em psicopedagogia.
Ao longo do artigo, vamos esclarecer esses e outros pontos sobre o assunto.
Este é um verdadeiro guia para quem está considerando seguir por esse caminho, mas ainda convive com dúvidas e incertezas.
Pronto para começarmos?

O que é psicopedagogia?

psicopedagogia o que e
A psicopedagogia, como o próprio nome já sugere, vem da união dos saberes de duas áreas, a psicologia e a pedagogia.
Mas a verdade é que se trata de um campo ainda mais multidisciplinar, que aborda conhecimentos da antropologia e até mesmo da neurologia.
O objetivo é um só: entender todo o processo que leva o ser humano a assimilar e construir o conhecimento.
Afinal, desde que nascemos, estamos expostos a um universo de possibilidades, o que significa estarmos em constante aprendizagem.

História da psicopedagogia

Com origem na Europa, a psicopedagogia surgiu como uma forma de trazer respostas às dificuldades de aprendizagem e suas conexões com as disparidades sociais.
Os primeiros centros psicopedagógicos foram criados em 1946 por Juliette Favez-Boutonnier e George Mauco.
Nesses locais, eram recebidas crianças que apresentavam comportamentos considerados inadequados, fosse na escola ou em casa, além daquelas que demonstravam alguma dificuldade para aprender.
A ideia proposta era a de conhecer não só a criança, mas também o meio no qual ela estava inserida, como forma de determinar ações reeducadoras.   
A corrente europeia, posteriormente, exerceu influência direta no desenvolvimento da psicopedagogia na Argentina – sendo, mais tarde, Buenos Aires a primeira cidade a oferecer o curso de formação na área.

Traços históricos da psicopedagogia no Brasil

O Brasil, por sua vez, acabou se espelhando no país vizinho para o desenvolvimento da psicopedagogia, que chegou por aqui na década de 1970.  
Isso aconteceu, sobretudo, pela proximidade geográfica e também pela facilidade de acesso à literatura.
Vale destacar que os primeiros passos da psicopedagogia no Brasil ocorreram em um período no qual dificuldades de aprendizagem eram encaradas como disfunção cerebral mínima (DCM).
Um dos principais obstáculos, presente ainda hoje, é o modo como essa abordagem maquia a existência de problemas que são sociopedagógicos.

O que faz o psicopedagogo?

psicopedagogia o que faz psicopedagogo
Como já citamos no início do texto, estamos sempre em contato com novos aprendizados.
O papel do psicopedagogo, então, é compreender como assimilamos cada um deles desde que somos apenas recém-nascidos até a fase adulta.
Com isso, o profissional tem a oportunidade de identificar problemas, que podem ser dificuldades ou até mesmo transtornos, e encontrar alternativas para melhorar o processo de ensino e garantir que os conteúdos possam ser absorvidos e compreendidos.
Também cabe a ele decifrar a origem da dificuldade apresentada, que pode ser mental, social, física e mesmo emocional.
É possível ainda que o psicopedagogo atue no desenvolvimento de ações preventivas, a partir do acompanhamento, sobretudo de crianças.

Qual a importância da psicopedagogia?

Depois de falarmos sobre a construção histórica dessa área do conhecimento e mesmo sobre a atuação do profissional, não é difícil compreender a importância do trabalho realizado pela psicopedagogia.
Afinal, podemos dizer que ela serve até mesmo como uma forma de empoderamentodaquele que apresenta algum tipo de dificuldade no processo de aprendizagem.
E isso não vale apenas para a alfabetização, por exemplo. Também estão envolvidos fatores de ordem emocional.
Quando inserida no ambiente escolar, a psicopedagogia é uma estratégia que permite agir preventivamente, orientando professores e familiares sobre como identificar sinais de que existe alguma diferença significativa entre o aprendizado de um aluno.

Qual é o campo de atuação do psicopedagogo?

As possibilidades de atuação do profissional especializado em psicopedagogia são muitas – e têm se multiplicado ao longo dos últimos anos.
Por isso, vale a pena olhar com atenção antes de supor que esse profissional vai estar sempre alocado no ambiente escolar.

Onde o psicopedagogo pode atuar?

Nas escolas, ele pode tanto ajudar a identificar as dificuldades apresentadas pelos alunos quanto auxiliar na escolha de métodos mais eficientes de ensino ou até mesmo no aperfeiçoamento do currículo escolar.
Já nas empresas, a psicopedagogia tem como objetivo aumentar a absorção de conteúdos e, é claro, melhorar a performance dos colaboradores.
Também é possível que esse profissional crie sua própria clínica ou consultório, atendendo conforme sua disponibilidade e foco, tanto no âmbito clínico quanto institucional.
Outra opção é prestar assessoria a empresas e até mesmo a órgãos públicos.
Pensou que acabou? Ainda não.
Existe também a alternativa de atuar em hospitais, auxiliando pacientes que tenham passado por algum tipo de trauma que reduziu sua capacidade funcional ou resultou em alguma perda de memória.

Quais as diferenças entre a psicopedagogia clínica e institucional?

De maneira prática, a psicopedagogia pode ser dividida em duas grandes áreas: a clínica e a institucional.
Cada uma delas exige conhecimentos específicos e também oferece possibilidades distintas de aplicação.
Vamos entender melhor as diferenças?

Psicopedagogia clínica

Quem atua como psicopedagogo clínico trabalha em consultórios e faz o atendimento individual de cada paciente.
Mas atenção: ele não tem formação como médico.
É bastante comum que o seu atendimento seja realizado em parceria com outros profissionais, como psiquiatra, fonoaudiólogo ou neurologista. Tudo, é claro, depende do caso e das necessidades apuradas.
Esse profissional tem como principais atribuições apurar as causas que levaram à dificuldade de aprendizagem e oferecer soluções que ajudem a superar o problema.
Com uma linha de atuação terapêutica, também desenvolve técnicas remediativas.

Psicopedagogia institucional

O psicopedagogo institucional, de outra forma, atua com grupos de pessoas. Pode ser em escolas, hospitais e empresas, por exemplo.
Seu papel pode variar de instituição para instituição, mas suas atribuições costumam envolver a avaliação de comportamentos e a identificação de fatores que podem influenciar no desempenho individual, com repercussões coletivas.

Como é o mercado de trabalho?

psicopedagogia como e mercado de trabalho
A profissão de psicopedagogia ainda não está regulamentada no Brasil.
O mais perto disso ocorreu em 2014, após aprovação no Senado Federal.
Contudo, um requerimento solicitou a análise do projeto em plenário e, desde então, a pauta aguarda a sequência na tramitação.
Mas é importante que se diga que a ausência de regulamentação não torna a profissão ilegal. Inclusive, muitas são as atividades profissionais no país que carecem de legislação própria.
O projeto de lei estabelecia que o exercício da profissão era restrito a graduados em psicopedagogia, pedagogia ou psicologia ou a formados em um curso de licenciatura com especialização em psicopedagogia.
Na prática, é exatamente o que tem acontecido.

Quais são as exigências do mercado de trabalho?

Ao longo dos últimos anos, novas possibilidades se abriram ao psicopedagogo.
Além de todas as opções de atuação que já citamos anteriormente, tem crescido o número de empresas que buscam esse profissional para auxiliar na adaptação de pessoas com deficiência (PCD) que concorrem às vagas oferecidas.
Sempre lembrando que, hoje, a legislação define que ao menos 5% dos postos de trabalho precisam ser ocupados por PCDs.
E por falar em normas, com a consolidação da Lei da Palmada, o psicopedagogo também passou a conquistar espaço em instituições da área jurídica, prestando auxílio no processo de identificação de eventuais problemas que a criança esteja vivendo em seu lar.
Atualmente, as regiões Sul e Sudeste oferecem a maior quantidade de vagas na área, o que também tem a ver com a legislação.
Em São Paulo, por exemplo, existe uma lei municipal que exige a presença do psicopedagogo nas escolas que compõem a rede pública de ensino.

Quais os níveis de formação e modalidades de curso de psicopedagogia?

Já citamos as possibilidades disponíveis para que um profissional passe a atuar como psicopedagogo, certo?
Agora, vamos nos aprofundar em uma delas: o curso de especialização, seja ele de ensino a distância ou não – na sequência, também traremos mais detalhes sobre a graduação em psicopedagogia.
Hoje, a especialização está entre as principais escolhas de quem deseja seguir na área de psicopedagogia.
Ela é oferecida por instituições de ensino no formato de pós-graduação lato sensu e tem duração que varia entre dois e três semestres.
Embora a maioria tenha foco na psicopedagogia institucional, também é possível encontrar a oferta de formação que abrange também a área clínica.
O curso tem como um de seus principais objetivos formar profissionais preparados para promover a avaliação e a intervenção psicopedagógica a partir da identificação de dificuldades ou transtornos de aprendizagem.
O foco é oferecer suporte não só ao indivíduo, mas também aos seus familiares, a partir da perspectiva da inclusão e da diversidade.

Como é o curso de psicopedagogia?

psicopedagogia como curso
Se você ainda não possui uma graduação de nível superior e deseja seguir na área de psicopedagogia, pode optar por se tornar um bacharel.
No total, essa formação tem entre três e quatro anos de duração – tudo depende da instituição escolhida.
O acadêmico é capacitado para que possa auxiliar no aperfeiçoamento do desempenho de seus pacientes durante o processo de aprendizagem, como forma de permitir que eles próprios possam conhecer e superar suas dificuldades.
Trata-se de uma formação que promove o pensamento crítico dos profissionais e que oferece uma visão sensível e ética sobre o desenvolvimento humano e o ensino.  
Qual a grade curricular do curso?
A grade curricular do curso de graduação em psicopedagogia também pode variar muito de uma instituição para a outra. Ainda assim, existem pilares que sempre vão estar presentes ao longo da formação.
Veja quais são alguns deles:
  • Dificuldades no processo de aprendizagem
  • Diagnóstico em psicopedagogia
  • Inclusão e diversidade na educação
  • Intervenção psicopedagógica
  • Análise comportamental
  • Recreação e psicomotricidade
  • Fundamentos sociológicos e antropológicos da educação
  • Metodologia de alfabetização
  • Princípios teóricos da psicopedagogia
  • Neurociência e aprendizagem
  • Instrumentos de avaliação psicopedagógica
  • Gerontologia
  • Saúde mental.
Além disso, a graduação conta com estágios obrigatórios e a produção de um trabalho de conclusão de curso.

Quais as bolsas oferecidas para quem quer cursar psicopedagogia?

Assim como qualquer outra graduação, na psicopedagogia, é possível encontrar bolsas que ajudem a arcar com os custos da faculdade.
A mais conhecida delas é o Programa Universidade Para Todos (ProUni), do Governo Federal, na qual é possível conseguir isenção de até 100%, desde que você preencha os critérios.
Mas essa não é a única alternativa disponível.  
Educa Mais Brasil, por exemplo, é um programa de inclusão educacional que oferece bolsas de graduação e pós-graduação voltadas para a área.
O requisito para conseguir uma bolsa como essa é não ter condições de pagar o valor integral da mensalidade, além de não possuir vínculo prévio com a instituição de ensino.
E esses são só alguns exemplos.
Atualmente, é possível encontrar diversas opções de bolsa. Inclusive, algumas delas são concedidas a partir do desempenho alcançado pelo aluno no Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio.

Quais são as principais competências pessoais que o psicopedagogo precisa ter?

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Agora, se a sua dúvida em relação à psicopedagogia é uma questão de perfil, vale a pena ficar atento a algumas características que são essenciais para o dia a dia de um profissional da área.
Confira a lista que separamos com cinco delas:

Ética

Podemos dizer que essa não é uma qualidade necessária apenas para quem deseja seguir na psicopedagogia, não é mesmo?
Ter ética é um traço fundamental em qualquer área de atuação.
Por lidar com questões muitas vezes sensíveis e que costumam envolver crianças, no entanto, vale redobrar a atenção com esse aspecto.

Facilidade de comunicação

Ser um psicopedagogo exige que você seja uma pessoa comunicativa, que consegue se conectar com o outro de maneira rápida.
Afinal, não há melhor forma de entender os problemas vividos pelo outro do que a partir de uma boa conversa.
Para isso, no entanto, é preciso construir uma base de confiança.

Ser um bom ouvinte

Se saber se comunicar é essencial, o mesmo vale para saber ouvir.
Até porque a conversa precisa ser uma troca e não um monólogo.
Às vezes, pode até ser que você acabe ouvindo coisas que nada tem a ver com o tema em questão, mas é preciso saber que cada detalhe conta.
Percebê-los pode ser a diferença entre entender ou não por que existe a dificuldade de aprender.

Equilíbrio emocional

Lidar com situações tão complexas pode levar você a ouvir relatos difíceis de absorver. Por isso, equilíbrio emocional é uma característica fundamental.
Não que você precise ocultar suas emoções a todo o custo, mas começar a chorar ou agir de maneira agressiva durante uma consulta pode atrapalhar todo o tratamento e prejudicar o paciente em vez de ajudá-lo.
Para chegar a esse equilíbrio, é importante que você busque estar sempre bem consigo mesmo, para não deixar que suas próprias inseguranças ou dificuldades se tornem um problema.

Empatia

Saber se colocar no lugar do outro é mais uma dessas características que todo profissional – aliás, toda pessoa – deveria ter.
Quando estamos falando de lidar diretamente com humanos e oferecer suporte a eles, essa capacidade é ainda mais importante.

Comprometimento

Nessa profissão, você vai lidar com situações complexas, que exigem o máximo de comprometimento e dedicação.
A história de cada paciente é única e requer acompanhamento constante.
Conhecer cada um deles pelo nome, descobrir sua trajetória e auxiliar em um processo de desenvolvimento que pode exigir tempo são prerrogativas básicas.
Tenha tudo isso em mente antes de trilhar o seu caminho na área.

Qual o perfil do profissional?

Para além de características específicas, podemos dizer que o psicopedagogo precisa ser um profissional com perfil analítico, capaz de entender o todo.
Por exemplo, como diferentes fatores influenciam na dificuldade apresentada pelo paciente.
Além disso, ele costuma ser de caráter humanista e com forte senso de comprometimento e doação.
Vale ressaltar, no entanto, que estamos falando de um perfil geral.
Nada impede que pessoas com qualidades e visões diferentes dessas possam alcançar o sucesso na carreira.
O importante, no fim das contas, é entender se esse universo faz sentido para você e para as suas perspectivas de futuro.

Quanto ganha um psicopedagogo?

Outra pergunta bastante comum é quanto ganha um psicopedagogo.
A resposta, como não poderia ser diferente, varia muito de acordo com o tempo de experiência do profissional, o nível especialização e mesmo a área de atuação escolhida.
De acordo com o site Love Mondays, plataforma criada para que profissionais possam avaliar as empresas onde trabalham e oferecer parâmetros dos salários oferecidos, a média mensal é fica próxima aos R$ 3 mil.
No entanto, é possível encontrar registros que mostram variações entre R$ 1.200 e R$ 9.686.
Já para quem deseja trabalhar na área clínica, o importante é avaliar a média do valor cobrado por consulta. Nesse caso, a variação vai de 50 a 180 reais.

Conclusão

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O que você achou do nosso artigo sobre psicopedagogia? Encontrou as respostas que estava procurando?
Como deve ter percebido, essa é uma área que oferece inúmeras possibilidades de formação e atuação, mesmo que ainda seja pouco conhecida do grande público.
É uma alternativa, por exemplo, para quem sempre se identificou com os processos de educação, mas não queria ir para a sala de aula e ser professor.
Outro aspecto que pode facilitar a vida de quem precisa conciliar trabalho e estudos são as opções de ensino a distância, disponíveis tanto para graduação quanto pós-graduação.
Além disso, vale ressaltar que é uma carreira em crescimento, que ainda tende a se desenvolver – e muito.
Vale dizer ainda que, se você tem a meta de ajudar no desenvolvimento de pessoas, tal qual a psicopedagogia, você pode se tornar um coach.
Veja aqui como funciona essa metodologia.
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